O mito ganhou o mundo graças ao cinema – para ser mais exato, graças a
Marilyn Monroe, diva de Hollywood que interpretou diversas personagens
fúteis e sedutoras.
Em Os Homens Preferem as Loiras, de 1953, Marilyn –
que tinha cabelos castanhos – assume o papel de Lorelei Lee, uma
loiríssima que seduz milionários e vive às turras com o idioma. O filme
foi baseado no romance homônimo da
norte-americana Anita Loos, lançado em 1925. Anita contava que teve a ideia numa viagem de trem. Enquanto ela, morena, arrastava as malas sem
comover a ala masculina, uma loira ao seu lado era paparicada por todos
os marmanjos. Hoje o estereótipo é alimentado, em grande parte, pelos
homens. Uma pesquisa do psicólogo Tony Cassidy, da Universidade de
Coventry, na Inglaterra, mostrou que, apesar de preferirem as loiras,
eles acham que elas são menos inteligentes. No Brasil, o preconceito
sobrevive graças a uma mentalidade branqueadora.
“Nosso ideal de beleza privilegia as mulheres de pele clara e as loiras”, diz o antropólogo Renato da Silva Queiroz, da USP. “A lenda da loira burra seria, então, uma espécie de vingança das morenas”, diz.
Por André Santoro
“Nosso ideal de beleza privilegia as mulheres de pele clara e as loiras”, diz o antropólogo Renato da Silva Queiroz, da USP. “A lenda da loira burra seria, então, uma espécie de vingança das morenas”, diz.
Por André Santoro
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